O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou atrás e afirmou nesta terça-feira que respeita a conclusão das agências de inteligência do país a respeito da interferência da Rússia nas eleições de 2016. Na sexta-feira, 12 membros da inteligência russa foram indiciados pelo caso.

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De certa forma, Trump desmente o que ele mesmo falou ontem. Em coletiva em Helsinque, na Finlândia, o líder americano disse que confiava na palavra do presidente russo, Vladimir Putin, que negou mais uma vez qualquer interferência no processo eleitoral.

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A declaração do presidente foi rechaçada por parlamentares americanos e pela opinião pública americana. Até aliados republicanos, como o presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, criticaram Trump.

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“Eu aceito a conclusão da nossa comunidade de inteligência de que ocorreu a intromissão da Rússia na eleição de 2016”, afirmou Trump, no primeiro compromisso ao voltar para os Estados Unidos. “Mas falo novamente… não houve qualquer conluio em torno da minha eleição.”

Trump também tentou explicar o motivo do encontro com Putin. Ele disse que a relação entre os dois países se tornou “substancialmente melhor” e que é melhor negociar com o russo do que hostilizá-lo. “Lidar bem com a Rússia e com a China é algo bom para nós”, disse.

O presidente americano garantiu ainda que não vai suspender qualquer sanção contra a Rússia e que respeita os aliados europeus, criticados por ele durante a viagem da semana passada ao Velho Continente. “Estamos trabalhando muito arduamente com os nossos aliados e continuaremos a ter grande união com os membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte)”, disse.