O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, visitou nesta quinta-feira o Santuário Yasukuni, visto pelos países vizinhos como um símbolo do passado militarista do país. O premiê se recusou a dizer se voltará ao santuário no futuro. A visita pode agravar ainda mais as relações com a China e a Coreia do Sul.
A visita foi recebida com surpresa, já que Abe se absteve de ir desde que assumiu o governo em dezembro do ano passado, argumentando que queria evitar que o assunto se transformasse em uma questão diplomática.
“Eu ofereço meu respeito para aqueles que perderam as suas vidas preciosas pelo nosso país e rezo para que as suas almas descansem em paz”, disse Abe após a visita.
O premiê japonês já disse que se arrependeu de não ter visitado o santuário durante o seu primeiro mandato como primeiro-ministro, entre 2006 e 2007. A visita de Abe ocorre exatamente um ano depois que ele voltou ao poder e é vista como uma jogada para pedir apoio de sua base conservadora.
Neste ano, ministros do governo japonês já fizeram visitas ao santuário e provocaram protestos em Seul e Pequim.
Durante o encontro, Abe disse que a visita á Yasukuni representava um compromisso em não levar o japão á uma situação de conflito. Ele ainda disse que não gostaria que a visita ferisse o sentimento dos povos da Coreia do Sul e da China e que gostaria de explicar a postura do governo japonês aos líderes desses países. Fonte: Dow Jones Newswires.