O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, irá participar da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, num gesto com a intenção de estreitar laços com os países vizinhos.
Abe deixou para tomar uma decisão apenas duas semanas antes do início dos Jogos, que começam dia 9 de fevereiro. Diplomatas japoneses têm expressado amplo descontentamento com as críticas da Coreia do Sul sobre um acordo fechado entre os dois países em 2015 sobre mulheres sul-coreanas que viraram escravas sexuais de soldados japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.
Em dezembro, o presidente Moon Jae-in disse que o acordo era falho, pois não refletia os desejos das vítimas. Há duas semanas, Jae-in afirmou que “um nó errado tem que ser desfeito”, mas ressaltou que “o fato de que houve um acordo oficial entre a Coreia e o Japão não pode ser negado”.
No tratado, Abe pediu desculpas pelas “vítimas de escravidão sexual” e Tóquio se comprometeu a disponibilizar cerca de US$ 9 milhões para um fundo criado para auxiliar as mulheres sobreviventes e as famílias das que morreram. A Coreia do Sul, por sua vez, disse que irá criar um fundo próprio para substituir o dos japoneses, o que deixou alguma incerteza sobre o futuro desse acordo.
Nesta quarta-feira, Abe disse que irá se encontrar com Jae-in na Coreia do Sul e “transmitir firmemente a posição do Japão sobre o acordo”.
Abe disse também que iria pedir cooperação entre os EUA, o Japão e a Coreia do Sul sobre o programa nuclear da Coreia do Norte. “Eu quero comunicar a necessidade de manter a pressão no nível mais alto possível”, afirmou. Fonte: Dow Jones Newswires.