A dois dias da votação, nenhuma cadeira do Senado dos EUA é tão disputada quanto em Nevada. No Estado mais conhecido por seus cassinos e pelos testes atômicos dos anos 50 e 60, a briga pelos votos da eleição de depois de amanhã envolve uma líder local do Tea Party, a ala de ultradireita do Partido Republicano, e um aliado político e amigo do presidente americano, Barack Obama.

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A professora primária e deputada estadual Sharron Angle, com 49% das intenções de voto, ameaça a reeleição do veterano senador Harry Reid, com 45%, valendo-se de máximas contra o governo “comunista” de Obama e de ofensas à comunidade latino-americana.

O rosto redondo e rosado de Sharron e a fala tranquila sugerem uma presença menos tempestuosa que a de Christine O’Donnell, também do Tea Party, candidata ao Senado por Delaware. Mas, nos discursos e na propaganda nas rádios e TVs, a professora de 60 anos mostra ter alcançado o eleitorado conservador de origem anglo-saxônica, capturando o voto de protesto contra a crise econômica no país e conseguido associar a atuação de Obama ao objetivo de converter os EUA ao comunismo.

Assim como Christine, Sharron repete na sua campanha os mantras dos líderes do Tea Party: o gasto público tem de ser reduzido, o Estado não pode interferir no mercado nem em decisões privadas dos cidadãos e a Constituição americana tem de ser protegida. Com base nesses tópicos, Sharron propõe a eliminação dos Departamentos (ministérios) de Energia e de Educação e da Agência de Proteção Ambiental. Também defende a privatização da Assistência Social, do sistema de saúde pública e da agência responsável pelos veteranos de guerra. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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