O grupo guerrilheiro pró-iraniano Hezbollah, sediado no Líbano, perdeu 28 milicianos em recentes combates com rebeldes na vizinha Síria, afirmaram nesta segunda-feira ativistas contrários ao governo do presidente Bashar Assad.

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Já se sabia que o Hezbollah, aliado de Assad, vinha mandando combatentes para ajudar na sobrevivência do governo, mas esta é a primeira vez que se tem notícia de um número considerável de baixas de guerrilheiros do grupo.

O Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, com sede em Londres, divulgou hoje que 28 guerrilheiros do Hezbollah morreram e mais de 70 ficaram feridos no cerco das forças do governo sírio aos rebeldes que controlavam a cidade de Qusair, na província de Homs, região central do país.

O cerco das forças regulares sírias a Qusair levou semanas e resultou na recaptura da cidade, o que garante ao governo a recuperação do controle de um corredor estratégico entre Damasco e a costa mediterrânea da Síria.

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No Líbano, hospitais ligados ao Hezbollah pediam doações de sangue enquanto ambulâncias dirigiam-se à estrada que leva a Damasco, num indício do envolvimento cada vez maior do grupo libanês na guerra civil que há mais de dois anos assola o país vizinho.

A participação direta do braço armado do Hezbollah e a aparente internacionalização do conflito sírio acirra as tensões no Líbano e alimenta temores de que esteja se desenhando uma guerra regional de matiz sectário, opondo muçulmanos xiitas e sunitas. As informações são da Associated Press.

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