Uma multidão toma conta das ruas centrais de Porto Alegre, na grande marcha pela paz mundial que marca a Abertura do III Fórum Social Mundial. Neste momento, passam pela rua Borges de Medeiros integrantes de organismos sindicais da Alemanha que trouxeram faixas em que destacam “outro mundo é possível, nosso mundo não está a venda”.
O professor fisioterapeuta Paul Stern, residente em Hannover, na Alemanha, defendeu que o mundo não pode continuar sem trabalho e com a opressão de uma minoria sobre a maioria. Centenas de outras faixas em inglês, espanhol, japonês, alemão, hebraico, italiano, árabe, entre muitos idiomas, podem ser vistas em meio a faixas de diversas cores.
Atores se destacam sobre pernas-de-pau, com roupas de “bobos da corte”, que na época Medieval animavam as festas da corte, usando chapéus com guizos nas pontas. São do grupo de teatro Gregos e Troianos de Porto Alegre. Também participam da passeata, representantes de comunidades indigenas, da área da Serra do Sol, onde vive 46 mil pessoas da comunidade indígena, entre eles o coordenador do Conselho Indigenista do Estado de Roraima, Jaci José de Sousa, da tribo Macuxi, que está usando um cocar.
Quase duas horas depois do primeiro grupo da marcha que abriu o Fórum Social Mundial, ainda chegam centenas de pessoas ao anfiteatro Por-do-Sol. Em instantes haverá apresentação do grupo local, Quartheto, que abre o show de Paulinho da Viola.
Um grupo de manifestantes grita palavras de ordem para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realize um plebiscito sobre a adesão do Brasil à Área de Livre Comércio das Américas (Alca).