Mulheres trabalhadoras pedem mínimo de R$ 1,4 mil

Brasília – Representantes de sindicatos reunidos no 7º Encontro Nacional sobre a Mulher Trabalhadora da Central Única dos Trabalhadores decidiram deflagrar uma campanha pela valorização do salário mínimo. O encontro teve início no dia 25 e termina na tarde deste domingo(27), no Grand Bittar Hotel, em Brasília, com a participação de 180 delegados vindos dos vários estados.

A intenção é reivindicar que o valor do salário mínimo, hoje em R$ 300,00, se aproxime dos R$ 1.468,24 proposto pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). "Para nós é super importante que esse governo implemente um política de valorização do salário mínimo. Isso vai refletir diretamente na vida das mulheres, porque são elas o maior número de trabalhadores que ganham o salário mínimo", comentou a secretária nacional sobre a mulher trabalhadora da CUT, Maria Ednalva Bezerra de Lima.

As ativistas também não ficaram satisfeitas com os dados da divulgadas esta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa revela que, embora tenha aumentado o número de mulheres empregadas, o salário que recebem corresponde a 75% do salário de um homem na mesma função. "É verdade que o distanciamento entre os salários diminuiu. Mas ainda é pouco. Para que não haja sinais de preconceito de gênero é necessário que haja a igualdade em termos salariais", diz Maria Ednalva.

Elas também estão organizando uma participação ativa pela aprovação do projeto de lei que trata da legalização do aborto, em tramitação na Câmara dos Deputados. O tema foi discutido em audiência pública, na semana passada, na Comissão de Seguridade Social e Família e contou com forte pressão de instituições contra e a favor. Após ser votado nesta comissão, o projeto passará pela Comissão de Constituição e Justiça, seguindo, depois, para o plenário da Casa.

"Estamos mobilizando mulheres do Brasil inteiro para virem fazer pressão junto aos parlamentares pela discriminalização e legalização do aborto", disse a sindicalista. Pelo relatório da deputada Jandira Feghali (PCdoB – RJ), a mulher poderá optar pelo aborto até a 12ª semana de gestação ou até a 20ª, se a gravidez tiver acontecido por estupro.

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