As mulheres estão cada vez mais previdentes que os homens. Pesquisa da seguradora Mongeral entre seus 130 mil clientes de seguro de vida e previdência privada apontou que 56% dos clientes, aproximadamente 72 mil, são mulheres.

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Segundo a gerente de Produtos da Mongeral, Elizabeth Noronha, o resultado reflete o que ocorre no mercado de trabalho. "Com o avanço da mulher em todos os níveis hierárquicos, houve um aumento na procura por planos por parte delas. Tanto assim que as mulheres já ultrapassaram os homens há cerca de cinco anos na aquisição de planos de aposentadoria e a diferença tende a aumentar a favor delas", comenta Elizabeth.

A razão disso, na avaliação da gerente de Produtos da Mongeral, é que, quando se torna a principal responsável pela renda familiar, a mulher se preocupa mais com a continuação dos estudos dos filhos e a manutenção do padrão da família. "A mulher tem como preocupação deixar algo para os filhos, no caso de ela vir a faltar. Já os homens têm como objetivo fazer um plano de previdência para eles, com a possibilidade da transferência dos recursos para os filhos, se for preciso", explica.

A constatação de Elizabeth toma por base o porcentual de planos adquiridos em nome de menores de 18 anos: 35% deles são comprados pelas mães. O restante está dividido entre pai, avôs, tios e outros responsáveis.

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Marco Antônio Rossi, vice-presidente da Associação Nacional de Previdência Privada (Anapp) e diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência, diz que, no mercado, os homens ainda são maioria, mas que a participação da mulher vem crescendo. "No caso da Bradesco, em 2002, os planos adquiridos por mulheres representavam 38% do total. Em 2005, essa participação saltou para 40,62%."

De acordo com Elizabeth, quando se trata de investimento de previdência, as mulheres são conservadoras. A maior parcela dos recursos dos planos adquiridos por elas está alocada em fundos de renda fixa.

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