Indignadas com a proposta do governo do Estado de parcelar em três vezes, até 2005, o reajuste salarial da Polícia Militar, mulheres de PMs acompanharam a votação realizada hoje, na Assembléia Legislativa. ?Nós só vamos aceitar o projeto se foram aprovadas as emendas, caso contrário vamos vetar?, avisou a presidente do Cimepon – Centro Integrado do Movimento das Esposas de PMs, Lúcia Sobral. Foram apresentadas três emendas dos deputados Orlando Pessuti, Algaci Túlio e Antônio Anibelli, que de forma geral concentram o pagamento da gratificação PM Especial no máximo para o próximo ano.
O projeto do governo prevê a correção média de 130% nos vencimentos da PM, diluído em três parcelas (janeiro de 2003, janeiro de 2004 e janeiro de 2005). ?Esta atitude do governador (Jaime Lerner) compromete as negociações com o futuro governo. Não é justo?, disse uma das representantes das mulheres de PM, Ilselini Maria de Paula. Cerca de cem representantes de PM, vindas de Londrina, Laranjeiras e Guarapuava acompanharam a sessão plenária. Segundo Ilselini, no máximo o que elas aceitam é o pagamento em 12 prestações a serem pagas antes do final de 2003.
Em seus discursos, os deputados de oposição, consideraram intransigente a atitude do governo de nas vésperas das eleições realizar a votação de um reajuste. O deputado Valdir Pugliesi disse que o governo em 8 anos não repôs as perdas salariais dos servidores públicos e que agora, no final do mandato, está protelando o reajuste para o próximo governo.
O deputado Antônio Anibelli disse que sua emenda é para que o próximo governo pague, em uma única prestação, a gratificação que corresponde a um aumento médio de 25%. ?É preciso cumprir numa única vez este aumento irrisório e eleitoreiro que o governo que parcelar em três vezes?, destacou. A gratificação do efetivo deverá ser calculada sobre o valor do soldo do respectivo posto ou graduação na proporção de um terço ou 33,33%.