Larissa Tessaro Menarim, 27 anos, conhecida como “Lari”, está sendo procurada pela polícia por envolvimento na morte do policial federal Edson Martins Matsunaga. Ela é acusada de dar fuga à quadrilha de assaltantes que roubou uma casa lotérica no Centro de Curitiba, em 4 de outubro de 2011, quando Edson foi morto com um tiro no peito ao tentar impedir a ação dos bandidos.
De acordo com o advogado da jovem, Jorge Vicente Silva, de todos os envolvidos no crime, somente a garota conseguiu liberdade condicional devido a um recurso especial aceito pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na época do crime. “Por uma posição recente do STJ, os recursos especiais perderam a validade e foi determinado que ela seja recolhida à prisão”, explicou.
A decisão foi divulgada em 11 de novembro de 2016 e o mandado de prisão expedido em 16 de janeiro pela 12.ª Vara Federal de Curitiba. No entanto, Larissa está desaparecida desde essa data. “Ela deixou um bilhete para os pais no começo deste ano e saiu de casa, no bairro Batel. Não tivemos mais notícias a respeito dela depois disso”, afirmou Jorge.
As condenações
Segundo a polícia, o roubo foi planejado e concretizado por nove pessoas. Dois dos acusados – Maicon Ladis Lau de Rossi e Gilmar Ferreira – morreram em troca de tiros com a Polícia Federal, em uma chácara em Fazenda Rio Grande, na região de Curitiba. Os demais réus foram julgados pelo crime de latrocínio e foram condenados ainda em 2011.
Pedro Henrique Procópio, conhecido como “Carioca”, seria o líder da quadrilha e autor do disparo que matou o agente. Ele recebeu a maior pena: 22 anos e 9 meses de prisão em regime fechado.
Já Larissa foi condenada a 10 anos e 3 meses de reclusão, mas o advogado dela ainda trabalha para diminuir a pena. “Como ela colaborou com as investigações, queremos a diminuição em pelo menos dois terços. Entendo que foi um homicídio, e não latrocínio, já que o agente não estava entre as vítimas do roubo”, justificou.
O crime
No início da noite de 4 de outubro, três homens armados invadiram o estabelecimento, na Alameda Doutor Muricy, e anunciaram o assalto. Eles renderam os clientes e funcionários e, antes que recolhessem o dinheiro dos caixas e cofres, obrigaram todos a deitar no chão. Dois “olheiros” os avisaram de que havia polícia nas imediações e, no momento em que o policial federal interveio na situação, ele foi baleado.