Dois primos são acusados de atrair e assassinar a corretora de imóveis, Célia Maria de Carvalho Damasceno, 43 anos, mãe de dois filhos. No começo da noite de ontem, o cadáver da vítima foi encontrado por familiares, policiais e vizinhos da casa onde foi morta a golpes de pedaços de madeira provavelmente no domingo. Um deles é menor de idade e suspeito de feito o contato com a vítima pela internet. Ele acusa a namorada do primo, Carlos Eduardo, de ter participado do assassinato.

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Célia foi atraída pelo mais jovem dos rapazes, de 17 anos, através de contatos feitos pelo programa de bate-papo Messenger. Seu corpo foi encontrado no quintal de uma residência situada no bairro Parque das Dunas, próximo a uma rodovia que liga Natal à Praia de Genipabu. A corretora foi amarrada nos membros inferiores e nas mãos. Depois sofreu vários golpes com pedaços de madeira e enterrada em uma espécie de cova improvisada.

Hoje, a filha da corretora conseguiu encontrar no computador da mãe, trecho de uma conversa entre a vítima e o adolescente suspeito de ter sido o autor do crime. O texto traz evidências de que Célia foi convidada para encontrar-se com o rapaz na casa onde foi morta. Pela manhã, o subsecretário de Segurança Pública, Maurílio Pinto de Medeiros, apresentou os dois acusados á imprensa. "Cada um tem uma versão sobre como ocorreram os fatos, irão permanecer detidos e vamos ouvi-los com calma", resumiu. A polícia liberou a namorada de Carlos, adolescente.

Acusações

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Os rapazes acusam-se entre si. O adolescente acusa o primo Carlos Eduardo Cabral, paulista, 18 anos, e zelador da casa do Parque das Dunas, de ter cometido o crime. Carlos alega que foi o mais jovem que premeditou o assassinato. "Ele queria ficar com os objetos de Célia e tirar o dinheiro que ela tinha na conta bancária", disse o menor sobre o primo. O mais jovem disse que a namorada de Carlos Eduardo participou do crime e poderia ter ciúme da corretora. Carlos confessou ter espancado a corretora.

Carlos Eduardo assegura que o menor é a pessoa que planejou o assassinato, pois só teria conhecido a corretora no sábado. Disse que os três beberam juntos e que Célia Damasceno foi morta no domingo. Carlos Eduardo alega que auxiliou o primo no assassinato e na ocultação de cadáver.

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