Quem luta há mais de 15 anos por um tratamento diferenciado ao pequeno empreendedor comemorou as novas regras do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado. Assim pensa Ademar Bertucci, coordenador do Fórum Brasileiro de Economia Solidária e assessor da Cáritas Brasileira.
Ademar elogiou a ampliação do crédito de R$ 1 mil para R$ 10 mil pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). "A nossa preocupação em relação ao futuro é quais metodologias vão definir o que chamamos de microcrédito orientado, para que assegure as garantias", ressaltou.
O programa propõe acabar com a necessidade de garantias. Em vez de recolher o empréstimo no banco, os pequenos empreendedores poderão fazê-lo por meio de uma cooperativa de crédito, uma agência de fomento, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) ou Sociedade de Crédito ao Microempreendedor (SCM).
"É grande a experiência de massa que tem viabilizado o crédito para as cooperativas na área rural, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Ele funciona e tem condições muito melhores de fazer chegar o crédito à população que o sistema financeiro", afirmou.