As despesas referentes à repactuação do fundo de pensão da Petrobras (Petros) custou R$ 1,040 bilhão à estatal no primeiro trimestre, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (11) pela empresa. Esse foi um dos fatores que reduziram o lucro da empresa no primeiro trimestre deste ano em relação à igual período do ano passado. A empresa negociou com os funcionários a mudança do fundo de pensão da modalidade "benefício definido" para a de "contribuição definida", oferecendo vantagens financeiras aos funcionários que fizessem a migração, o que viabilizou a mudança do plano.
Outro fator que afetou a empresa foi a redução dos preços do petróleo no mercado internacional, além da queda do dólar em relação ao real nos três primeiros meses do ano. Segundo a Petrobras, os preços do petróleo tipo Brent registraram queda de 6% no trimestre (em relação ao primeiro trimestre de 2006), caindo para US$ 57,75 por barril (ante US$ 61,75 no primeiro trimestre de 2006). O dólar, por sua vez, caiu para R$ 2,1082 este ano, ante R$ 2,1944 no primeiro trimestre de 2006. Esses dois movimentos reduziram as vendas da empresa em R$ 839 milhões no trimestre, embora o volume vendido tenha registrado acréscimo de R$ 387 milhões (subiu para R$ 697 milhões, ante R$ 310 milhões no ano passado).
A empresa contabilizou ainda aumento nos gastos, especialmente a elevação nos custos com a compra de materiais e serviços (aumento de R$ 338 milhões), além de pagar mais caro na compra de gás natural importado, com despesa extra de R$ 237 milhões sobre igual período do ano passado.