Os cerca de 12 mil trabalhadores sem-terra que participam da Marcha Nacional
pela Reforma Agrária ainda estão no estacionamento do estádio Mané Garrincha.
Por volta de 12h30, eles seguem para a embaixada dos Estados Unidos, onde fazem
um protesto, previsto para as 15 horas.

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Segundo um dos coordenadores do
movimento, Jaime Amorim, o ato será contra o imperialismo. "Nós queremos
devolver para eles todo o lixo que eles têm empurrado goela abaixo dos países em
desenvolvimento: o lixo dos transgênicos, o lixo da Alça, o lixo da OMC. É
importante que fique o nosso protesto. O povo brasileiro já não suporta mais a
intervenção norte-americana. Ao mesmo tempo, o povo do mundo está dizendo basta
de guerra, basta de intervenção e o povo do Iraque quer liberdade",
afirmou.

Depois da embaixada, a marcha segue para a Esplanada dos
Ministérios, onde os sem-terra devem fazer um novo protesto por volta das 16
horas, em frente ao Ministério da Fazenda. "Vamos deixar lá simbolicamente o
nosso protesto contra o modelo econômico que o governo tem adotado", disse
Amorim.

Um grande ato público está previsto para 17 horas, no gramado da
Esplanada dos Ministérios. Um grupo de 50 pessoas pediu para ser recebido pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, às 16 horas. Eles pretendem entregar ao
presidente um documento organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST), com as 16 principais reivindicações do grupo.

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Os
manifestantes passam a noite no estádio Mane Garrincha e amanhã pela manhã eles
desmontam o acampamento. A partir do meio-dia, as delegações começam a deixar
Brasília em 288 ônibus.