MST faz campanha pela libertação de agricultores em Mato Grosso

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está lançando uma campanha pela libertação de oito agricultores ligados ao movimento que estão presos desde o dia 29 de julho em Mirassol D’Oeste, em Mato Grosso. Os sem-terra presos são acusados de roubo e formação de quadrilha, por terem, supostamente, participado de um saque de alimentos ocorrido próximo a fazenda onde estão acampados.

O MST diz ter já tomado diversas medidas jurídicas e políticas para a libertação dos trabalhadores, que considera “presos políticos”. Foi impetrado Habeas Corpus no Tribunal de Justiça do Estado que até o momento não foi julgado.

No dia 26 de novembro diversas lideranças nacionais do MST estiveram no estado, buscando junto ao judiciário local e ao Tribunal de Justiça apressar o desenlace do caso. Os trabalhadores estão presos a mais de 120 dias, quando o máximo legal permitido para manutenção da prisão antes de terminado o processo é 81 dias.

O juiz que decretou a prisão está condicionando a liberdade dos lavradores à desocupação da Fazenda São Paulo, de propriedade do latifundiário Paulo Mendonça, ocupada por 1.200 (mil e duzentas) famílias sem terra naquela região.

O MST pede que todas as entidades, sindicatos, partidos e simpatizantes do movimento enviem mensagens a autoridades, inclusive o governador de Mato Grosso, Ronaldo Sales, pedindo a imediata libertação dos trabalhadores rurais Geraldo Camilo Pereira, José Francisco dos Santos, Genadir Vieira dos Santos, Mauro Bento Farias, José Martins Neves, Gulmercino Rodrigues de Oliveira, Ana Maria dos Reis e Alberto Gonçalves de Oliveira.

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