Caruaru – A direção nacional do MST descartou a formalização de uma trégua nas ocupações no governo Lula e espera uma ação contundente do novo governo contra o grande inimigo do povo, que segundo eles, é o latifúndio. Eles esperam que o governo Lula se aproprie da Constituição para fazer reforma agrária. A direção afirmou que o MST não fará oposição sectária à Lula mas também não se alinhará ao novo governo.

Eles disseram ter uma expectativa muito otimista em relação a um novo modelo e de reforma agrária, e querem cobrar as metas não cumpridas pelo presidente Fernando Henrique.

Amanhã, eles participam de uma reunião com a equipe de transição do governo em São Paulo, com José Graziano. Os dirigentes nacionais Gilmar Mauro, João Paulo Rodrigues e Jaime Amorim deram entrevista na sede do MST em Caruaru, depois de três dias de um encontro de militantes e lideranças do movimento para discutir o seu posicionamento em relação ao futuro do PT.

Eles divulgaram um manifesto, que será entregue à Lula, em que afirmam que o inimigo do MST a partir de 1º de janeiro não será mais o governo, mas o latifúndio. Gilmar Mauro disse ainda que eventuais ocupações no governo Lula não devem ser entendidas como uma afronta ao novo presidente. Seria uma afronta ao latifúndio.

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