Duzentos sem-terra ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra ocuparam nesta madrugada a fazenda Rapa Pau, de 700 hectares, em Itajuípe, sudoeste baiano. A terra pertence a Adriano Chafik, suspeito de envolvimento na chacina em Felisburgo, MG. A ocupação, explicou uma das lideranças do movimento na região, Ivanildo Costa, é uma reação à morte dos cinco sem-terra na fazenda Nova Alegria, de Chafik.

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Hoje pela manhã agentes da Polícia Federal da cidade de Ilhéus, a 500 quilômetros de Salvador, prenderam três suspeitos de participação nos crimes, que seriam jagunços de Chafik.

O grupo que invadiu a fazenda Rapa Pau, diz querer chamar a atenção para a "impunidade dos crimes praticados no campo", mas também afirma que a propriedade, onde existe plantação de cacau, é improdutiva e pode ser usada para fins de reforma agrária. O MST quer levar mais famílias para o local e consolidar a ocupação.

Presos

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A prisão preventiva do fazendeiro foi decretada e ele está foragido desde o fim de semana, quando ocorreu a chacina. Chafik mora no centro da cidade de Itabuna, no sul da Bahia, e seus vizinhos disseram que ele não aparece há vários dias.

No entanto, a operação montada no sul do Estado para prender envolvidos no caso deteve na cidade de Coaraci, perto de Itabuna, o autônomo Senilson Marcílio Santos, o segurança Edvan Luís dos Santos e lutador de luta livre Wadson Teixeira de Jesus que teriam integrado o grupo arregimentado por Chafik para expulsar os sem-terra

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Os três foram levados para a superintendência da PF de Ilhéus e seriam transferidos ainda hoje para Minas Gerais, segundo o delegado Samuel Martins. Marcílio e Santos foram presos em casa, enquanto Jesus se entregou ao saber que estava sendo procurado. Eles negam participação na chacina.