MPE entrega recursos contra diplomação de 26 no Rio de Janeiro

O Ministério Público Eleitoral entregou ontem (19) ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) recursos contra a diplomação de 16 candidatos a deputado estadual e dez candidatos a deputado federal eleitos, além de um suplente. Grande parte é ligada ao grupo político do ex-governador Anthony Garotinho, presidente regional do PMDB, partido também do governador eleito, Sérgio Cabral Filho, ao qual pertencem 11 dos acusados. Fora do grupo do ex-governador, o deputado federal Rodrigo Maia (PFL), filho do prefeito César Maia (PFL), é outro que pode perder o mandato. O julgamento será feito pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Também correm o risco de não tomar posse o ex-chefe de Polícia Civil nos dois governos do casal Garotinho, Álvaro Lins (PMDB), acusado pela Polícia Federal de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis, e o presidente da Assembléia Legislativa (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), cuja evolução do patrimônio é alvo de investigação pelo Ministério Público. Picciani é aliado do governador eleito Sérgio Cabral Filho (PMDB), que indicou para a Secretaria de Trabalho outro acusado, o deputado estadual eleito Sabino (PSC). Cotado para ser o líder do PMDB na Alerj, Edson Albertassi, também integra a lista.

São acusados ainda os deputados federais eleitos Hugo Leal, do PSC, partido que apóia Garotinho, e Geraldo Pudim (PMDB). Leal foi secretário de Estado nas duas administrações Garotinho e presidente do Detran. Garotinho participou da campanha de Pudim, eleito por Campos, berço político do ex-governador, que o apoiou também na eleição para prefeito na cidade.

Completam a lista do procurador regional eleitoral Rogério Nascimento o deputado Rodrigo Maia e o filho do secretário municipal de Obras, Eider Dantas, Rodrigo Dantas, ambos do PFL. Eles são acusados de abuso de poder político. O mesmo aconteceu com Jane Cozzolino (PTC), Fábio Silva (PMDB), Geraldo Pudim e Álvaro Lins. Este foi acusado ainda de compra de votos, assim como Solange de Almeida (PMDB), Alair Correa (PMDB), Bernardo Ariston (PMDB), Carlos Balbi (suplente de deputado estadual pelo PRTB), Hugo Leal, Nader Filho (PTB), Domingos Brazão (PMDB), Eduardo Cunha (PMDB), Glauco Lopes (PSDB), Geraldo Pudim (PMDB), Silvio Lopes (PSDB), Wilson Cabral (PSB) e Sabino.

São acusados de abuso de poder econômico Jane Cozzolino e Fábio Silva (PMDB). O procurador pediu ainda a cassação do diploma de Anabal Souza (PHS), Alessandro Calazans (PMN), Jorge Picciani (PMDB), Cida Diogo (PT), Edson Albertassi, Maria Inês Pandeló (PT), Mário Marques (PSDB), Nelson Bornier (PMDB) e Andreia Zito (PSDB) por vida pregressa incompatível com o mandato.

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