MP vai apurar ”reserva de vagas” para militares é constitucional

O Ministério Público Federal (MPF) vai instaurar procedimento administrativo na Procuradoria da República no Estado de São Paulo para apurar se o parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) é constitucional. O parecer da AGU obriga universidades federais a garantir vagas para militares e seus dependentes transferidos de outras universidades ainda que particulares.

A decisão, anunciada pelo procurador da República Luiz Fernando Gaspar Costa, nesta segunda-feira, pretende pôr fim à polêmica instalada pelo parecer da AGU, que tem peso de lei para os reitores das universidades. Ao instaurar o procedimento administrativo, o procurador observa que o parecer da AGU afronta “a priori” o princípio constitucional da isonomia (art. 5º) e os artigos 206 – que trata da igualdade de condições para acesso – e 207 – sobre autonomia didática e de gestão financeira das universidades.

Segundo a assessoria do Procuradoria da República em São Paulo, foi enviado um ofício à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) solicitando informações sobre o impacto do parecer da AGU na política de acesso às vagas de ensino superior.

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