A relação das contas bancárias de integrantes e outras pessoas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC) será entregue hoje pelo Grupo Integrado da Segurança Pública, órgão criado para integrar o Estado ao Sistema Único de Segurança Pública (Susp), no combate ao crime organizado.

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A reunião está marcada para as 14 horas, na sede do Comando Militar Sudeste, no Parque do Ibirapuera, zona sul, e contará com representantes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, do Sistema Penitenciário Estadual, do Tribunal de Justiça, do Ministério Público e Secretaria de Segurança Nacional.

Ação em conjunto

Combater a lavagem de dinheiro e atacar as finanças do Primeiro Comando da Capital (PCC) é a principal estratégia adotada pelos governos federal e estadual para tentar sufocar a organização criminosa. A inteligência da polícia de São Paulo já levantou centenas de contas correntes usadas pelo crime organizado e vai repassar seus números e nomes dos correntistas para o Ministério da Justiça para que todas sejam bloqueadas pelo Banco Central.

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No dossiê, deve constar o caso de um bandido do PCC que abriu 200 contas correntes em um ano, cada uma com R$ 20 mil. Há ainda contas bancárias de traficantes de drogas ligados à facção que movimentaram de R$ 300 mil a R$ 500 mil por mês, durante 2006.

"Nós temos as contas correntes, quem são os laranjas e para onde era enviado o dinheiro. A partir disso, várias ações precisam ser tomadas", afirmou Saulo Abreu, secretário da Segurança Pública de São Paulo. Para ele, o congelamento dos ativos nas contas correntes do crime organizado é medida administrativa, que independe do Judiciário.

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Em entrevista recente ao jornal O Estado de S. Paulo, o governador Cláudio Lembo já havia revelado que a polícia sabe, por exemplo, quais são as contas bancárias mantidas pelo líder do máximo do PCC, Marcos Camacho, o Marcola. "Os trabalhos de inteligência devem ser feitos com grande equilíbrio e sensatez", afirmou Lembo.

Saulo contou que sua pasta mapeou os pontos de droga dominados pelo PCC e quem os controla. A decisão de priorizar o combate à lavagem de dinheiro foi tomada dentro da estratégia de sufocar as fontes de renda do PCC. Uma das ações dos governos é apreender grandes carregamentos de droga da facção. Neste ano, a polícia estadual já apreendeu 17 toneladas de drogas. Desde maio quando começaram os ataques, a Polícia Federal contabilizou a apreensão de 18 toneladas de maconha que pertenciam à facção – 12 toneladas foram achadas no Paraná e 4 em São Paulo.