O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) pediu hoje a prisão preventiva de três prefeitos pernambucanos por licitações fraudulentas, desvio de verba pública e falsificação de documentos. José de Lima Sampaio (PSB), prefeito de Caetés – terra natal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, Nomeriano Martins (PSDB), prefeito de Águas Belas, e Marquidoves Marques (PFL), de Lagoa do Ouro, são acusados de terem provocado, juntos um prejuízo de cerca de R$ 3 milhões às respectivas prefeituras entre 2003 e 2005.

continua após a publicidade

Outros 15 prefeitos foram denunciados à Justiça pelo Ministério Público, sem pedido de prisão preventiva, por irregularidades no uso dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), contratação irregular de pessoal, crime ambiental e fraude em licitação

De acordo com o Ministério Público, o prefeito de Lagoa do Ouro, no sertão, Marquidoves Marques, desviou R$ 700 mil. Nomeriano Martins teria desviado R$ 1,7 milhão da prefeitura de Águas Belas, no agreste, entre 2003 e 2005. O prefeito de Caetés, também no agreste, é responsabilizado por fraudes em licitações no valor de R$ 695 mil em 2004, o que teria sido descoberto pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE) durante a Operação Eleições. Nomeriano Martins já havia sido preso – e liberado por força de habeas-corpus – em novembro do ano passado pela Polícia Federal, na Operação Alcaide, acusado de desvio de recursos repassados pela União a prefeituras do agreste

continua após a publicidade