Com a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Manaus fechada desde a semana passada, o Ministério Público Federal solicitou na sexta-feira à Justiça Federal a nomeação de um interventor para administrar o órgão. A procurador Isabela Brant argumentou que o pedido se justifica pois a Funai se comprometera em março a definir o novo administrador até 18 de abril.

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"O descaso da Funai nacional é notório, sequer o presidente do órgão quer receber os indígenas para uma conversa em Brasília. A Funai demonstra estar fechada ao diálogo", afirma a procuradora. Ela foi procurada pela comissão de indígenas que tenta negociar com a Funai a indicação de um nome indígena para o cargo de administrador da regional Manaus.

No final de fevereiro índios ocuparam a regional de Manaus para obrigar a saída do ex-administrador regional, Benedito Rangel, acusado de assédio sexual e outros crimes. Rangel foi afastado e a sede desocupada. Os indígenas querem indicar um integrante de alguma das 63 etnias conhecidas do Amazonas como o novo administrador.

No dia 3 de março foi assinado um acordo entre a Funai e as lideranças indígenas, determinando 45 dias para o início de uma sindicância para apurar as denúncias contra o ex-administrador e para a indicação de seu sucessor.

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