Aos poucos, os sem terra que invadiram e depredaram a Câmara dos Deputados começam a ser libertados. Na noite de quarta-feira, foram soltos oito integrantes do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST). O pedido foi do próprio Ministério Público Federal, que não encontrou indícios de que eles tenham ajudado a organizar a invasão. Ainda estão presos 32 integrantes do movimento, entre eles o líder, Bruno Maranhão, ex-integrante da executiva do PT.
Na terça-feira, o MPF denunciou 116 militantes do MLST por participação na invasão e depredação de instalações da Câmara dos Deputados em 6 de junho, que deixou 38 feridos e causou à Câmara um prejuízo de R$ 106 mil. As penas, além do ressarcimento dos danos, vão de 3 a 9 anos de prisão, conforme o grau de envolvimento de cada um.
Os sem-terra são acusados pelos crimes de formação de quadrilha, lesões corporais leves e graves, danos ao patrimônio público e resistência qualificada. O Ministério Público também lançou mão da Lei de Segurança Nacional, criada pelo regime militar, para agravar as punições aos manifestantes.