Segundo o procurador do Trabalho Fábio André de Farias, em dez desses estabelecimentos, meninos e meninas, algumas com apenas quatro anos de idade, trabalhavam descascando mandioca para ajudar os pais na produção da farinha. De acordo com o procurador, grande parte dessas crianças estão cadastradas no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e no Bolsa-Escola, e, apesar de trabalharem, continuam recebendo o benefício.
?O que identificamos, de imediato, é que, infelizmente, muitas das crianças que estão inseridas em programas governamentais, como o de erradicação do trabalho infantil, continuam trabalhando exatamente pela ausência de fiscalização?, destaca. ?Encontramos uma família em que as quatro crianças estavam no Bolsa-Escola e as quatro estavam na casa de farinha trabalhando com a mãe?, diz o procurador, que esteve em Lagoa dos Patos na semana passada.
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