Ministério Público do Distrito Federal (MPF) e Fundação Zerbini, que administra o Instituto do Coração, iniciaram nesta semana uma batalha verbal que, dentro de poucos dias, será levada também para a Justiça. O embate começou quando o MPF anunciou a reprovação da prestação de contas feita pela fundação, num convênio com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal, no valor de R$ 74 milhões
Numa auditoria, concluída na sexta-feira, despesas no valor de R$ 22 milhões não foram aprovadas. O convênio havia sido firmado para que a fundação executasse o Programa Família Saudável do DF uma iniciativa semelhante ao paulista Qualis, também executado pelo Incor. O procurador Jairo Bisol avisou que entrará com uma ação civil pública para que a Fundação devolva os R$ 22 milhões.
A notícia provocou a indignação do superintendente da Fundação Zerbini de Brasília, Miltom Pacífico, que promete contra-atacar. "Nosso departamento jurídico já está estudando uma ação também. Nossa imagem foi arranhada", afirmou. "A ação do procurador pode não ter ferido a lei, mas certamente a ética, feriu." Pacífico considera estranho o fato de até o início da tarde de ontem não ter sido comunicado formalmente sobre o teor da auditoria. "Que ajudamos, sim, a realizar.
O procurador contesta. Ele acusa a Fundação Zerbini de postergar a entrega de documentos. "Foram mais de 30 dias de atraso. Agora não podemos atribuir as falhas à falta de experiência.
