Brasília – De acordo como o Ministério Público, documentos provam o aviso-prévio dado pela Polícia Federal sobre a busca e apreensão que seria feita no Senado, dentro da Operação Mão-de-Obra. Provam também que o presidente do Senado, Renan Calheiros, repassou a informação ao diretor-geral da Casa, Agaciel Maia.

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Agaciel é um dos investigados pela PF por possível participação no esquema de fraudes em licitações públicas. Ao chegar à sala do senador para apreensão de indícios, a polícia só encontrou o notebook do parlamentar. ?Nenhuma sala é tão organizada que não tenha um papel ou uma agenda?, diz o procurador da República José Alfredo de Paula Silva.

Em nota, a PF confirma que comunicou a diligência à presidência do Senado ?poucas horas antes da operação?. Mas nega que o objetivo tenha sido o ?vazamento de informações sobre a Operação Mão-de-Obra?. A nota ressalta que Renan Calheiros é ?autoridade que não era investigada e também tinha o dever do sigilo?.

O Ministério Público diz que o caso não foi isolado e a prática era feita pela polícia sem autorização, ?à revelia do MP, de forma desleal?. ?Não tínhamos conhecimento, nunca fomos avisados, era uma prática adotada de forma velada?, critica o procurador.

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Para evitar novos casos, o MP adotou uma segunda medida. ?Vamos entrar em contato com todo o Brasil para que conste na emissão do mandado de busca e apreensão da Justiça que é proibido a PF fazer isso?, diz Paula Silva.