O Movimento ?O Porto é Nosso? foi lançado oficialmente na manhã deste sábado (30), em Paranaguá. O evento reuniu no Hotel Camboa o governador Roberto Requião, o superintendente da Associação dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, secretários de Estado, prefeitos, deputados e vereadores. Além das lideranças políticas, representantes de sindicatos, estudantes e a comunidade em geral estavam presentes no ato público, que luta contra a federalização e possível privatização dos Portos de Paranaguá e Antonina. Durante dez dias foram recolhidas cerca de 12 mil assinaturas para o abaixo-assinado, que será encaminhado ao Senado da República.
Um dos coordenadores do Movimento ?O Porto é Nosso?, deputado Rafael Greca, ressaltou a importância dos Portos para a economia do Estado. ?Paraná, Paranaguá e os Portos não se separam. O Porto de Paranaguá é a porta aberta da grande casa que é o nosso Estado, casa de todas as gentes. Não se cobra pedágio, não se coloca patrão, não se vende, não se entrega a porta da nossa casa?, disse.
Para o secretário da Casa Civil, Caíto Quintana, quando o pedido de intervenção aprovado pela Câmara Federal chegar ao Senado, a decisão será outra. ?Tenho certeza que o Senado não cometerá o mesmo equívoco que a Câmara Federal. É impossível que a mais alta cúpula ignore as melhorias que estão sendo feita nos Portos pelo Governo do Paraná?, disse.
Sindicatos
Durante a reunião em Paranaguá, o presidente do Sindicato dos Conferentes de Carga e Descarga do Estado do Paraná, Celso Tortato, também se manifestou contra a intervenção federal. ?O Requião sempre teve uma relação fraterna e leal conosco. A permanência da atual administração representa a garantia do nosso mercado de trabalho. Nada melhor que o Estado do Paraná para entender a questão administrativa dos Portos do Paraná?, disse.
O presidente do Sindicato de Estivadores de Paranaguá e Pontal do Paraná, Jamil Amâncio das Neves, também acredita que a intervenção no Porto de Paranaguá será prejudicial para a sua administração. ?Se o Governo Federal intervir vai ficar muito ruim. Nossa relação atualmente é direta com o governador Requião. A atual administração só fez melhorias no Porto. Somos contra a intervenção?, declarou.