O líder do movimento político islâmico da Somália jurou nesta sexta-feira (29) continuar os combates contra a Etiópia, país que deu suporte militar às tropas governamentais somalianas (inimigas do movimento islâmico). Não deixaremos a Somália", afirmou o xeque Sharif Sheik Ahmed, chefe executivo do Conselho das Cortes Islâmicas, à agência de notícias Associated Press. "Nós não fugiremos de nossos inimigos.
Ele fez essas afirmações direto de Kismayo, cidade cerca de 500 quilômetros ao sul de Mogadiscio, de onde suas forças recuaram na quinta-feira após a aproximação das tropas governamentais.
O movimento islâmico tomou controle da maioria de sul da Somália muitas vezes sem luta, após derrotar uma coalizão de "senhores da guerra" quando tentava conquistar Mogadiscio, em junho. Mas suas tropas entraram em colapso quando a Etiópia, cujo Exército é o mais poderoso da região, enviou reforços para auxiliar o governo internacionalmente aceito da Somália.
O primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi, jurou ontem destruir os soldados que ele descreveu como extremistas no movimento islâmico e seus aliados estrangeiros, indicando que os combates deverão durar mais algumas semanas. O movimento de Ahmed tem como objetivo instaurar uma teocracia baseada no Islã na Somália. Os Estados Unidos acusam o movimento de dar auxílio a terroristas da Al-Qaeda.