A Capitania dos Portos liberou a navegação pelo Canal da Galheta, que dá acesso ao Porto de Paranaguá, desde que as condições de navegabilidade sejam favoráveis. O problema causado por danos em bóias de navegação foi solucionado ainda na sexta-feira (12) à noite, e a partir de então, os navios que esperavam para atracar ou deixar o porto dependiam apenas das condições do mar para executar suas manobras.
Os técnicos da empresa Tecnimport ? responsável pela manutenção dos sinais náuticos ? realizaram suas atividades, até as 21h de sexta-feira (12), atendendo às expectativas de que o problema se resolvesse ainda naquele dia. A paralisação do tráfego de navios, determinada pela Marinha, foi em função de danos feitos em três bóias por algum, ou alguns, dos seis navios que saíram do terminal.
Essas embarcações saíram sem que houvesse condições de navegabilidade, em função do mar revolto, provocado pelo ciclone que atingiu o litoral do Paraná na última terça-feira. A presença de marcas de tintas nas bóias e o deslocamento dos equipamentos denunciam o choque com uma embarcação
Responsabilidades
O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, solicitou à Capitania dos Portos do Estado do Paraná a abertura de inquérito para apurar responsabilidades em relação ao incidente com bóias que paralisou as atividades no Porto de Paranaguá. A solicitação, feita através de ofício, tem por objetivo, ainda, saber quem era o prático que conduzia a embarcação e quem autorizou a sua navegação.
?O capitão dos Portos, Francisco dos Santos Moreira, achou por bem ? e acredito que foi uma forma oportuna e precisa ? interromper a movimentação no Canal da Galheta. Agora, exigimos que seja apurada a responsabilidade sobre a falta de autorização para que os navios navegassem ou, se ela foi dada, queremos saber quem o fez, sem que houvesse segurança de navegabilidade?, disse o superintendente da Appa.