O governo do presidente George W. Bush deu todo o apoio a quem define como ?aliado democrático?, o presidente colombiano Álvaro Uribe, no atual enfrentamento político-diplomático com os presidentes Rafael Correa (Equador) e Hugo Chávez (Venezuela), face ao episódio que resultou na morte do segundo homem mais importante na direção das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Raúl Reyes.

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Reyes estava refugiado com um grupo de guerrilheiros em território equatoriano, próximo à fronteira com a Colômbia, quando foi cercado e morto por militares colombianos, gerando o veemente protesto do governo equatoriano contra a invasão de seu espaço territorial, a retirada do embaixador em Bogotá e o rompimento de relações diplomáticas.

A questão foi parar na Organização dos Estados Americanos (OEA), por sugestão dos governos do Brasil, Argentina e Chile. Nesse organismo a Colômbia conta com a solidariedade irrestrita do governo norte-americano que, segundo analistas internacionais, fará tudo o que estiver a seu alcance para evitar uma censura mais contundente contra o presidente Álvaro Uribe.

Em editorial publicado na última terça-feira, o Wall Strett Journal, um dos diários mais importantes do mundo, indagava com razão se também não constitui obrigação do governo equatoriano dar explicações pertinentes sobre a presença de guerrilheiros das Farc em seu território, sobretudo com a apreensão do laptop de Raúl Reyes, no qual foram encontrados claros indícios de que o referido ponto da selva equatoriana foi usado com freqüência para acampamentos estratégicos da guerrilha.

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O editorial simulou um exemplo hipotético para afirmar que dificilmente o governo dos Estados Unidos daria ordem para suspender o fogo, caso guerrilheiros inimigos atacassem objetivos localizados em seu espaço nacional, a partir do território mexicano.

A revelação mais comprometedora do arquivo pessoal de Reyes, porém, foi a carta enviada a Hugo Chávez, agradecendo a ?ajuda? de US$ 300 mil às Farc pela recente liberação dos seis reféns entregues ao governo venezuelano. Chávez condoeu-se de tal forma com a invasão do Equador, a ponto de decretar o fechamento da fronteira com a Colômbia, ameaçando deslocar tanques e aviões para a região do suposto conflito.

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Por enquanto, a guerra está restrita às palavras.