A mostra Carlos Colombino ?Resumo de uma Antologia exibe um seleto conjunto de 46 xilopinturas e três objetos do artista paraguaio que dá nome à exposição que abre nesta quinta-feira (16), às 19h, no Museu Oscar Niemeyer. Premiado em diversos países da Europa e América Latina, Carlos Colombino (Concepción, 1937) é considerado um dos mais importantes representantes da arte moderna no Paraguai. O artista também é fundador e diretor do Centro de Artes Visuais e do Museu do Barro, no Centro Cultural de Assunção.
A técnica da xilopintura é inédita. A xilopintura foi criada e batizada pelo próprio artista em 1962. Na produção de sua obra, Colombino utiliza-se da técnica de gravador, só que, em vez de usar a estampa sobre o papel, a utiliza sobre a madeira. Após esse processo, ele realiza a escavação e faz a pintura diretamente na madeira policromada. O resultado, apreciado na peça acabada, remete o apreciador a uma repleta de significados e conceitos.
Dividida em cinco núcleos cronológicos, passando pelas décadas de 60, 70, 80, 90 e 00, a exposição traça um panorama da produção do artista. Entre os períodos mais marcantes está a primeira fase, na qual Colombino reflete sobre a ditadura militar paraguaia. Apesar de realizar trabalhos desde os 18 anos de idade, como um autodidata, foi a partir de 1954, que a obra do paraguaio ganhou identidade própria. Após sucessivos golpes de estado, em 1954, o comandante do exército, general Alfredo Stroessner, derruba o presidente Federico Chávez e assume o poder, até ser deposto por um novo golpe militar em 1989.