O ex-ditador paraguaio Alfredo Stroessner, de 93 anos, morreu nesta quarta-feira (16)em Brasília, informou uma porta-voz do Hospital Santa Luzia onde estava internado desde 29 de julho. Ele foi submetido a uma cirurgia para tratar uma hérnia inguinal, mas seu quadro piorou por conta de uma pneumonia. Ontem, o diretor clínico do hospital, Sérgio Tamura, e o coordenador da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Marcelo Maia, haviam informado que o ex-ditador continuava na UTI com insuficiência respiratória.
Exilado no Brasil desde 1989, quando foi derrubado por um golpe militar, o general Stroessner tornou-se uma farpa nas relações entre o Brasil e o Paraguai. Embora tivesse vivido os últimos 17 anos de forma discreta em Brasília, com o cuidado de abster-se de qualquer envolvimento direto na vida política paraguaia e mesmo de conceder entrevistas à imprensa, Stroessner tornou-se alvo de vários pedidos de extradição emitidos por Assunção. Pesam contra ele denúncias de crimes políticos e contra os direitos humanos. O governo brasileiro não acatou nenhum deles.