Morreu ontem às 19h40, na Santa Casa de Limeira, Luciana Dorta, de 27 anos. Ela é a quarta vítima do crime de Bragança Paulista, no interior de São Paulo, que chocou o Brasil. No dia 11, dois bandidos seqüestraram ela e outras três pessoas, prenderam todas num carro e atearam fogo. Luciana ficou com 70% do corpo queimado e passou por uma cirurgia na última sexta-feira, na tentativa de reconstituir parte do tecido atingido. Até as 23 horas, seu corpo ainda estava no Instituto Médico Legal (IML) de Limeira. Hoje, deve ser transferido para Bragança Paulista.

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‘Ela permaneceu num quadro grave e estável durante o começo do tratamento. Nas últimas 36 horas, apresentou piora. Fizemos o possível, mas não deu. A piora não teve relação com o procedimento cirúrgico, mas com o trauma que ela sofreu com as queimaduras’, afirmou o médico Flavio Novaes.

Luciana trabalhava na loja Sinhá Moça, a mesma da gerente Eliana Faria da Silva, de 32 anos, que morreu queimada no próprio carro ao lado d o marido Leandro Donizete de Oliveira, de 31. O filho Vinícius, de 5, também morreu, após ser socorrido por policiais. Os criminosos jogaram tíner no carro e atearam fogo. Eliana estava amarrada no banco da frente e Leandro, preso no porta-malas.

O cunhado contou que Luciana conseguiu sair do Palio e puxar o menino porque a porta de trás do carro estava aberta. Depois, rolou na grama para apagar as chamas. Os bandidos voltaram e Luciana se fingiu de morta. Ainda ouviu um dos criminosos falar: ‘O menino está vivo, mas não pega nada’. Encontrado na estrada em estado de choque, Vinícius levou os policiais até o Palio incendiado. O serralheiro Joabe Ribeiro, de 36 anos, e o eletricista Luiz Fernando Pereira, de 37, assumiram a autoria do crime.

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