La Paz – O governo do presidente Evo Morales quer negociar um acordo comercial com os Estados Unidos. O vice-presidente Alvaro García Linera disse que neste momento o governo "não pode comprometer-se em negociações de longo prazo", uma vez que a Assembléia Constituinte definirá, a partir de agosto, um novo marco constitucional para o país. Ele ressaltou que os congressistas que reformarão a Constituição é que definirão o modelo de acordo comercial com os Estados Unidos.

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O formato dos tratados de livre comércio que os EUA firmaram com Peru e Colômbia não é do agrado do governo esquerdista de Morales, que culpa esses tratados pela atual crise na Comunidade Andina de Nações e por possíveis perdas para o mercado boliviano de soja.

Na semana que vem, García Linera viaja aos Estados Unidos para conversar com autoridades e congressistas, com o objetivo de ampliar o prazo de vantagens tarifárias que vence no fim do ano. Fontes norte-americanas, porém, adiantam ser pouco provável isso acontecer.

No ano passado, a Bolívia exportou US$ 358 milhões em manufaturas a tarifa zero para os Estados Unidos, o que respondeu por 13% de suas vendas para o exterior. Artigos de vestuário, joalheria e mobiliário estão entre os produtos incluídos no pacote tarifário, e o mercado norte-americano gera mais de 30 mil empregos na indústria boliviana.

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