Chuniti Kawamura / GPP |
Para impedir a passagem de veículos, os moradores queimam pneus, em protesto contra mais um assassinato na região. |
A BR-116, na altura de Fazenda Rio Grande, foi fechada por moradores da cidade desde às 6h30 da manhã desta quarta-feira (24). O bloqueio da pista nos dois sentidos, que só terminou às 14h35 de hoje, foi motivado pelo assassinato do motorista de ônibus Ricardo Germano Hopaloski, de 40 anos, por volta das 6 horas desta manhã, que fazia a linha Eucalipto 2.
Segundo relato de populares, dois bandidos invadiram o ônibus para roubar o dinheiro das passagens e, um deles, teria entrado atirando. Os meliantes, que trajavam blusas com capuz e estavam de "cara limpa", roubaram o equivalente a R$ 28. Hopaloski, que não reagiu ao assalto e era considerado uma pessoa de boa índole pelos seus colegas, foi atingido por um dos disparos no abdome.
O protesto, que ocorre no Terminal Rodoviário de Fazenda Rio Grande, às margens da BR-116 está sendo feito por populares e pelos colegas de Poloski, que estão usando pneus queimados para impedir a passagem de veículos. Os moradores dizem que a cidade está muito violenta e que há uma média de dois a três assaltos contra os ônibus por dia na região. Alguns motoristas comentaram que saem para trabalhar com medo, devido essa onda de violência.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a BR-116, no sentido Curitiba-Fazenda Rio Grande, já conta com mais de 8 km de congestionamento. No sentido contrário, a PRF não soube informar.
No terminal de Fazenda Rio Grande, nenhum ônibus chega ou sai e muitos deles também auxiliam no fechamento da rodovia. Por causa disso, muitas pessoas utilizam o caminho alternativo, pela rua Nicola Pelanda, via Umbará, mas devido ao grande fluxo de veículos a mesma também se encontra congestionada.
O terminal de ônibus do Pinheirinho, em Curitiba, está com grandes filas, uma vez que o espaço conta com diversas linhas que servem a região.
A manifestação não tem hora para acabar e os manifestantes esperam autoridades políticas para que resolvam a situação. Todavia, eles deixam bem claro que só aceitarão promessas por escrito, pois não confiam mais nas palavras dos políticos.
A PRF tenta uma negociação com os manifestantes, mas até o momento não obtiveram sucesso.
Com informações da repórter Joyce Carvalho.