Moradia sem emprego não adianta, aponta representante de moradores de rua

"A moradia sem emprego não adianta. Tem que ter moradia e emprego para os pais terem como sustentar suas esposas, seus filhos".

Essa é a conclusão do ex-morador de rua Kênio Martins. Ele é o representante da Comissão dos Moradores de Rua de Recife que participa do Primeiro Encontro Nacional sobre População em Situação de Rua, nesta quinta e sexta-feira, em Brasília.

O encontro reúne representantes do governo, de movimentos sociais e moradores e ex-moradores de rua com o objetivo de discutirem diretrizes para a construção de políticas públicas que atendam a essa população. A iniciativa é do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Kênio Martins aponta como principais problemas enfrentados pelos moradores de rua a violência e a falta de moradia e emprego. Ele destaca que a discriminação é um dos fatores que dificulta aos moradores o acesso ao emprego. Além disso, essa população tem dificuldade de obter serviços de saúde e educação por não terem documentos e endereço próprio, conforme apontou Kênio.

Levantamento realizado pela Secretaria Nacional de Assistência Social obteve informações de 35 municípios e 17 capitais brasileiras sobre a população de rua. Os dados apontam que cerca de 80% dos moradores que vivem na rua são do sexo masculino. As mulheres somam 15% dessa população. O estudo mostra ainda que a perda de vínculos familiares é um dos principais motivos que leva as pessoas à rua.

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