Mohammed confessa ter cortado a cabeça de Pearl

Khalid Sheikh Mohammed, que admitiu responsabilidade nesta quinta-feira (15) pelos ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, confessou ter participado da decapitação do jornalista americano Daniel Pearl e disse ter desempenhado funções essenciais para a concretização de dezenas de atentados extremistas em todo o mundo, segundo uma transcrição de sua confissão divulgada por militares americanos. "Eu mesmo decapitei com minha bendita mão direita o judeu-americano Daniel Pearl na cidade de Karachi, Paquistão", disse Mohammed segundo a transcrição de uma audiência no centro de detenção de Guantánamo.

"Para quem quiser confirmar, há na internet fotografias nas quais apareço segurando a cabeça", prossegue ele. Daniel Pearl, um repórter do Wall Street Journal, foi assassinado no Paquistão em 2002. O assassinato do jornalista é um dos 31 ataques perpetrados ou conspirações que não se concretizaram dos quais Sheikh Mohammed alega ter participado. Segundo o Departamento de Defesa dos EUA, a confissão foi feita em depoimento colhido no sábado na prisão mantida por militares americanos na base naval de Guantánamo, Cuba.

Numa lista com 28 ataques que ele alega ter planejado e três que diz ter apoiado, Sheikh Mohammed afirma ter tentado matar o papa João Paulo II, o ex-presidente americano Bill Clinton e o atual presidente do Paquistão, general Pervez Musharraf. O Pentágono divulgou a maior parte da transcrição dos depoimento na noite de ontem, mas reteve o trecho sobre o assassinato de Pearl para permitir que a família fosse notificada antes, disse Bryan Whitman, porta-voz do Departamento de Defesa. No depoimento, Khalid Mohammed afirmou ter sido o mentor intelectual dos ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos.

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