O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prevê aprovar nos próximos quatro meses projetos que representam investimentos de R$ 11,3 bilhões no setor elétrico.
O desembolso do banco, em média de 70% deste valor, será realizado em 2006 e 2007. Do total, R$ 5,9 bilhões serão investidos em três usinas hidrelétricas: Foz do Chapecó, Estreito e São Salvador; R$ 1,5 bilhão em 18 projetos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs); R$ 3 bilhões em 5 linhas de transmissão; e R$ 900 milhões em expansão e melhoramento da rede de três distribuidoras.
"Esses projetos estão em análise pelo banco e faremos um esforço para que todos sejam aprovados até o fim do ano", afirmou Nelson Sieffert, chefe do Departamento de Energia Elétrica do BNDES, durante o II Painel Setorial de Energia Elétrica, organizado pela Abradee e Apimec.
No prazo máximo de 15 dias, o BNDES deve anunciar, segundo Sieffert, a modulagem do financiamento para o leilão de energia nova. Segundo ele, não faltarão recursos e as condições serão bastante atrativas. "A área técnica do banco já concluiu a análise da linha, mas falta a aprovação da diretoria do BNDES e sugestões do Ministério de Minas e Energia", disse.
O modelo será igual para todos os projetos de hidrelétricas ou termoelétricas. No leilão de energia nova, além de participarem os projetos para construção de empreendimentos ainda sem concessão, também poderão participar usinas já concedidas e ainda não construídas e as já concedidas e construídas a partir de 2002, mas que ainda não têm energia contratada.
Neste ano, o desembolso do BNDES para o setor de energia deve chegar a R$ 6 bilhões. Siffert tem percebido um aumento de interesse das distribuidoras por empréstimos para melhoria da rede de distribuição. "Elas não estão mais atrás de socorro, mas de investimentos", afirma.