Mitsubishi quer comprar US$ 54 milhões em créditos de carbono

O Paraná pode ter dois projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) financiados pelo Mitsubishi Securities. As propostas foram apresentadas para a gerente de financiamento de energia limpa da instituição financeira japonesa, Mari Yoshitaka, durante encontro organizado pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). Ela escolheu os projetos entre 44 propostas apresentadas por empresários paranaenses. Os nomes das empresas não foram divulgados.

Desde o começo da semana no Brasil, Mari Yoshitaka informa que a Mitsubishi pretende investir US$ 54 milhões, a fundo perdido, em financiamentos de projetos de MDL. ?Os projetos têm que ter potencial para gerar créditos de carbono a serem comercializados no Japão?, explica. No Paraná, ela esteve reunida com empresas das áreas de agricultura, educação ambiental, energia, alimentos e reciclagem.

Mari informou que escolha dos projetos pela Mitsubishi segue a diretriz do governo japonês, que prioriza os setores como os de melhoramento da eficiência energética, troca e alternação de uso de combustível fóssil, captura de metano e uso de energia, empresas ligadas a criação de suínos, aterros sanitários, entre outros.

A Mitsubishi irá financiar os projetos e terá o direito a ficar com 50% do valor dos créditos de carbono que serão negociados no futuro em bolsa. ?O mercado japonês deverá implantar uma bolsa de comercialização de créditos de carbonos em 2006?, disse Mari Yoshitaka.

Brasil

O Brasil implantou quinta-feira (15), na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, o Banco de Projetos de Redução de Emissões, que é uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). Este é o primeiro passo para a instalação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões, MBRE.

Yoshitaka contou que os projetos analisados no Paraná fazem parte de uma primeira prospecção que empresa faz no Brasil. Ela explica que a Mitsubishi está buscando projetos em todo o mundo. ?Nosso foco são iniciativas que possam beneficiar a seguradora e empresas japonesas?, revelou.

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