Missão do FMI recomenda aprovação das contas do 3º trimestre

A missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), que está fazendo mais uma revisão do acordo firmado com o governo brasileiro, vai recomendar a aprovação das contas nacionais referentes ao terceiro trimestre deste ano. A informação foi dada hoje pelo chefe da missão, o norte-americano Michael Collyns, ao deixar o prédio do Ministério da Fazenda, para a última reunião com técnicos brasileiros. “Foi uma missão muito boa, a performance continua muito bem. Estou feliz em dizer que vamos recomendar a aprovação”, afirmou Collyns.

A recomendação deverá ser analisada pela diretoria do Fundo, em meados de dezembro. Hoje, a equipe estará no Rio de Janeiro, de onde parte para Washington. Caso as contas sejam aprovadas, o Brasil terá direito de sacar mais US$ 1,3 bilhão. No entanto, a exemplo do que aconteceu ao longo de todo o ano de 2004, o dinheiro deverá permanecer no Fundo.

Esta foi a penúltima missão de avaliação do programa brasileiro com o FMI. A próxima avaliação deverá ocorrer em fevereiro. Até lá o governo brasileiro terá de definir se prorroga ou não o acordo.

Durante os dias em que visitaram autoridades brasileiras os técnicos do fundo sempre elogiaram a condução da política econômica brasileira. Os números sobre a balança comercial brasileira, por exemplo, apresentados ontem pelo secretário-adjunto de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Meziat, foram considerados “impressionantes”.

No primeiro dia de encontros, Collyns disse ter ficado impressionado com a economia brasileira e com o crescimento econômico do País. Depois de se encontrar com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o chefe da missão comentou que considera prudente a política monetária que vem sendo conduzida pelo Banco Central.

Na última segunda-feira, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, fez um balanço sobre as medidas que já entraram em vigor, como as anunciadas para a área de construção civil, e sobre aquelas que ainda dependem de aprovação do Congresso Nacional. O ministro buscou deixar claro aos técnicos, que a equipe econômica centrará seus esforços em 2005 no complemento e aprovação desta agenda.

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