O técnico Dunga só terá mais dois amistosos antes de definir a seleção brasileira para a disputa da Copa América. Mas uma análise das convocações feitas pelo treinador desde que assumiu o posto, em agosto do ano passado, mostra ser possível calcular alguns nomes que têm presença assegurada na competição, que começa no dia 26 de junho, na Venezuela.

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Quando a seleção entrar em campo no dia seguinte para enfrentar o México, na cidade de Puerto Ordaz, Lúcio e Juan devem formar a dupla de zaga, como aconteceu na Copa do Mundo da Alemanha e em seis dos nove jogos do Brasil na "era Dunga". Juan ainda foi titular em mais uma partida, contra a Suíça, em novembro do ano passado, quando Lúcio não jogou porque estava contundido.

No banco, estarão Alex e Luisão – cortados por contusão dos amistosos contra Chile e Gana, eles também estiveram presentes em todas as convocações. A zaga é o setor no qual Dunga menos faz testes: convocou apenas sete jogadores, sendo que Gladstone, Naldo e Edu Dracena só foram chamados em uma ocasião e não chegaram a entrar em campo. Mesmo durante os jogos, Dunga só mexeu na defesa em duas ocasiões: contra a Noruega, em agosto, Alex substituiu Juan; e contra Portugal, em fevereiro, foi Luisão que entrou no lugar do jogador do Bayer Leverkusen.

Elano é outro nome certo: dos 45 jogadores convocados por Dunga, ele foi o único a entrar nas nove partidas. Foi titular sete vezes e, nas duas partidas em que ficou na reserva, substituiu Kaká no segundo tempo: contra o País de Gales, em setembro, e Gana, na terça-feira. No meio, depois dele, as presenças mais constantes nas listas do técnico são Gilberto Silva, seis jogos como titular, e Dudu Cearense, que saiu jogando quatro vezes e entrou no segundo tempo outras quatro. Para o setor, entre volantes e meias, foram 16 convocados – sem contar Ronaldinho Gaúcho, que com Dunga foi usado mais como atacante.

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Robinho também estará na lista do técnico. Fez sete partidas como titular, como Elano e Juan, e só não atuou contra Portugal, quando se contundiu às vésperas da partida – foi reserva contra País de Gales e entrou no lugar de Ronaldinho Gaúcho. Oito atacantes foram convocados até agora, e Fred é o mais presente depois de Robinho, com cinco jogos como titular.

Nas laterais, Dunga ainda não se cansou de fazer experiências: convocou nove jogadores da posição, quatro pela direita e cinco na esquerda, e a presença mais constante é Maicon, da Inter de Milão, titular em cinco partidas – mas que ficou de fora da última convocação, dando lugar ao são-paulino Ilsinho. Daniel Alves, do Sevilla, teve contra o Chile sua primeira chance como titular, mas entrou no segundo tempo em quatro partidas. Na esquerda, Gilberto desponta como favorito – foi titular em cinco ocasiões.

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Se optar por três goleiros, Dunga deve levar Hélton, Gomes e Júlio César. O jogador da Inter de Milão teve suas primeiras chances de jogar nas últimas partidas, contra Chile e Gana, depois de dois jogos como reserva. Gomes teve quatro oportunidades como titular, enquanto Hélton atuou três vezes – ficou de fora dos jogos desta semana porque se machucou.

Dunga assumiu o cargo dizendo que ia fazer experiências, e não teve medo de levar à risca sua fala. Em nove partidas, dos 45 convocados, apenas dez não tiveram chance de jogar alguns minutos. E dos 35 aproveitados, 29 foram titulares em pelo menos uma partida. E o técnico tem pelo menos um elogio aos jogadores: "Todos vêm para cá com profissionalismo, mas também com alegria e orgulho de vestir a camisa da seleção", disse o técnico.