Ministro prestativo

Os problemas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na escolha de certos ministros continuam a apoquentar o juízo do chefe do governo. Na administração anterior, Lula experimentou a amarga experiência de afastar nada menos de três ministros, acusados de flagrantes desvios de conduta ética e moral no desempenho da função de coadjuvantes privilegiados do governo.

Entre eles estavam dois dos colaboradores mais próximos do presidente da República, José Dirceu e Luiz Gushiken, responsáveis em grande medida pela própria ascensão política de Lula, na gênese e posterior desenvolvimento do PT e sua bem-sucedida escalada rumo ao poder.

Dirceu granjeou, pela confiança nele depositada pelo presidente, a indefectível condição de primeiro-ministro, centralizando na Casa Civil um esquema de comando poucas vezes testemunhado na história contemporânea da República. Seu afastamento foi, exatamente por esse motivo, um baque do qual Lula ainda não se recuperou a contento.

Nesse momento, quem açula as brotoejas do presidente é o ministro Walfrido Mares Guia, responsável pela articulação política do governo no Congresso. O cidadão é suspeito de ser um dos mentores do caixa 2 da campanha do tucano Eduardo Azeredo (PSDB), ao governo de Minas, em 1998, quando da estréia do famigerado valerioduto.

Nunca dantes na história deste País houve uma messe de ministros tão prestativos.

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