Finalmente apareceu o nome de um político paranaense nas conjecturas sobre a composição do novo ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se do deputado Paulo Bernardo, um dos maiores conhecedores de orçamentos na atual composição do Congresso. Por essa competência provada em vários momentos de sua vida pública, Paulo Bernardo passou a ser cotado para o Ministério do Planejamento, pasta que acompanha a execução orçamentária do governo federal.
A inclusão do deputado entre os prováveis indicados para postos relevantes na Esplanada dos Ministérios faz justiça à formação profissional de um estudioso das inúmeras fases da feitura de uma peça orçamentária, mas acima de tudo reconhece a importância social, política e econômica do Estado do Paraná.
Quadro respeitado pelos companheiros do PT, com desempenho marcante nos mandatos exercidos até agora e à frente de secretarias estaduais ou municipais de planejamento e finanças, Bernardo reforçaria, sobremaneira, o bloco cooperador mais próximo do presidente, face ao ótimo relacionamento com Lula.
A reforma pretendida pelo presidente, apesar das acomodações nem sempre recomendáveis, mas necessárias para assegurar maioria folgada nas votações importantes, deverá tornar mais coesa a blindagem garantida a Lula pelos ministros José Dirceu, Antônio Palocci, Luiz Dulci e Luiz Gushiken. Indicado para o Planejamento, Bernardo passaria a integrar o chamado núcleo duro do governo.
O PT paranaense e, por extensão, o próprio Estado estariam muito bem representados no ministério da República, vendo um de seus concidadãos exercendo as funções de ministro do Planejamento. O Paraná teve ministros nos governos Sarney, Collor e FHC, mas ainda não foi distinguido com a deferência no governo Lula.
Paulo Bernardo, se efetivamente indicado para o cargo de ministro, tem condições de sobra para justificar a escolha presidencial.