O ministro da Fazenda, Antonio Palocci disse hoje (27) que não há nenhuma
possibilidade de o Conselho Monetário Nacional (CMN) rever a meta inflacionária
estabelecida para 2006, que é de 4,5%. "Em junho o CMN vai definir a meta para
2007, a de 2006 não está em discussão", disse Palocci.

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Com isso, ele
jogou um balde de água fria nas expectativas de pessoas que defendem uma meta de
inflação mais alta como forma de abrandar a política de juros do Banco Central.
Conhecidos defensores dessa tese são o líder do governo no Senado, Aloizio
Mercadante (PT-SP) e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo, Paulo Skaf.

Ele fez esse comentário ao ser questionado sobre a
conversa que terá com Skaf nos próximos dias. O ministro explicou que o
presidente da Fiesp havia sugerido que as questões relacionadas com inflação
sejam debatidas mais amplamente. "Por isso, coloquei-me a disposição da Fiesp
para discutir o assunto e farei o mesmo com outras entidades que quisererem
dialogar com o Ministério da Fazenda, estamos abertos a isso", disse. "As metas
não são do ministério, são do País."

O CMN decide em junho a meta de
inflação para 2007 e a tendência é que ela seja fixada em 4,5%. O próprio
governo sinalizou nesta direção quando enviou ao Congresso seu projeto de Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2006. O projeto contém projeções de cenário
econômico para 2006 e 2007 e a inflação projetada para 2007 é de 4,5%.

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O
ministro disse ainda que a política de juros do Brasil responde ao comportamento
da inflação. "Estamos trabalhando para que esse comportamento seja benigno",
acrescentou, ao ser questionado sobre a ata da reunião do Comitê de Política
Monetária (Copom) divulgado hoje.