O ministro da Educação, Fernando Haddad, dissem nesta terça-feira, que já encaminhou ao Ministério do Planejamento o pedido dos servidores da área de educação por um novo plano de carreira. Haddad avalia que é preciso encontrar dinheiro para atender algumas categorias.
O ministro destacou, no entanto, que o problema não é novo. "Vivemos um problema herdado, do ponto de vista de falta de pessoal, e muitas vezes de falta de uma carreira que estimule o profissional a contribuir da melhor forma para o desenvolvimento da educação", disse o ministro.
Haddad disse reconhecer a legitimidade do movimento dos servidores. "É natural que se proteste assim", disse. Pela manhã, funcionários públicos da área de educação, que trabalham no Ministério da Educação, no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), fizeram um protesto para exigir a adoção de um plano de carreira para a categoria e reajustes salariais.
Segundo a funcionária aposentada do Ministério da Educação, Ana Lurdes Lima, membro da negociação do plano de carreira por parte dos trabalhadores, na primeira negociação feita com o Ministério do Planejamento ficou estabelecido prazo de 120 dias para que algo fosse feito.
"Praticamente já foram mais de 60 dias. Estamos no meio da negociação, mas não vimos nada avançando", explicou. Para ela, se nada for decidido e as reivindicações não forem atendidas, os servidores entrarão em greve. "A gente vai ter que entrar em greve, porque, até agora, eles não decidiram nada. A educação, durante 200 anos, sempre foi tida como algo inferior, e a gente quer que neste governo seja prioridade", disse Ana Lurdes.