Classificando como "emblemático" o episódio ocorrido entre o zagueiro argentino Leandro Desábato e o atacante brasileiro Grafite, "por mostrar como se deve agir diante de tais situações", o ministro da Cultura Gilberto Gil não considerou exagerada a prisão do jogador do Quilmes – ficou detido quase 40 horas na semana passada, em São Paulo, acusado de injúria com agravante racial.
"Se houve o cumprimento da lei então não ocorreu exagero. Precisamos inibir as manifestações de racismo no Brasil", defendeu o ministro nesta segunda-feira, em Salvador.
Segundo Gil, a decisão de Grafite de prestar queixa foi acertada, sendo aprovada tanto pela sociedade brasileira quanto pela argentina. "Até onde eu soube, pelo menos 62% dos argentinos se manifestaram contra a atitude racista do jogador do Quilmes", disse o ministro.