O futebol brasileiro, cinco vezes campeão mundial, líder no ranking da Fifa, fornecedor de jogadores que valem milhões de dólares no mercado internacional, entrou na fase decisiva da luta para tentar superar a pobreza daqueles que são a base de seus espetáculos: os clubes. O ministro do Esporte Agnelo Queiroz, reuniu-se com dirigentes paulistas, nesta sexta-feira, em São Paulo, prometeu apoio e disse que o plano básico do governo federal para socorrer o futebol sairá dentro de dois meses. Desde já, Agnelo avisa. “Não haverá empréstimos ou perdão de impostos atrasados.”
No entanto, ele admite que, apesar de os clubes serem sociedades civis, o governo pretende agir. “Futebol é algo importante para todo o País.”
Na Federação Paulista de Futebol (FPF), Agnelo conversou com membros do Clube dos 13, entre os quais os presidentes do Corinthians, Alberto Dualib, e do Palmeiras, Mustafá Contursi. Os dirigentes de São Paulo e de outros grandes centros esportivos do País têm argumentado sobre a necessidade de o governo reformular a Lei Pelé e o Estatuto do Torcedor. O ministro lembrou que, assim como a atual legislação foi discutida no âmbito dos Poderes Executivo e Legislativo, é necessário planejar muito bem qualquer alteração. “Existe a certeza de dialogar com todas as partes interessadas, para que as dificuldades sejam superadas.” Existe a possibilidade de impostos atrasados serem parcelados, mas não perdoados.
O presidente da Comissão de Futebol e Marketing do ministério, José Carlos Brunoro, reúne idéias, que submeterá ao ministro. “Não há dúvida de que os clubes estão diante de uma crise financeira. E todos nós temos a obrigação de buscar solução”, explica Brunoro. Dualib e Mustafá, presidentes de dois eternos rivais, estão de acordo num detalhe: os clubes exigem respeito. Com menos torcedores nos estádios, os times perdem jogadores para o exterior e limitam a esperança de reagir.
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