O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo Medina pediu nesta sexta-feira (20) licença médica do cargo por 28 dias. O requerimento foi apresentado em meio às investigações da Operação Hurricane (Furacão) contra o magistrado, que é suspeito de negociar sentenças judiciais, e um dia depois de o próprio STJ requisitar o inquérito do caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), para averiguar quais são os indícios existentes contra Medina na peça.
A assessoria do STJ confirmou que o afastamento temporário já está em vigor. Antes da licença, o ministro foi avaliado por dois médicos do tribunal. Eles atestaram que Medina tem necessidade de tratamento médico. A doença que afeta o ministro, porém, não foi revelada.
Em 2006, ele já havia se licenciado por razões de saúde. Pessoas próximas a Medina dizem que, após a divulgação das gravações que apontam ligação do irmão dele, Virgílio Medina, ao esquema, o ministro teria ficado "bastante abatido", e que isso poderia precipitar seu afastamento.
O advogado de Medina, Antonio Carlos de Castro, alegou que a licença se deve a motivos de saúde – ele também não especifica a doença, mas alega que o ministro tem sofrido "fortes dores". Castro negou, porém, que seu cliente tenha participado das irregularidades investigadas pela PF. "Por mais paradoxal que possa parecer, a quebra de sigilo foi boa, porque deixou claro que não há nada dele (Medina) lá.
