Brasília – Ao fazer um balanço da atuação da Polícia Federal nos últimos quatro anos, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou que o órgão deu um salto qualitativo. O ministro disse acreditar que a eficiência e a impessoalidade com que a PF desempenhou suas funções atingirão um ?patamar ainda melhor? no próximo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

continua após a publicidade

?Hoje ela é um instrumento ágil, austero, que tem condições de enfrentar o crime em todas as frentes. Acho que isso vai continuar no próximo governo do presidente Lula, ele já me declarou isso. O próximo governo vai investir mais ainda na Polícia Federal de modo que ela seja esse instrumento de dissuasão da criminalidade?, disse Bastos, no programa Bom Dia Ministro, na Rádio Nacional AM.

De acordo com Bastos, desde o início de 2003 foram realizadas 320 operações de grande porte no combate ao crime organizado. O resultado, disse, é reflexo de mais recursos para a PF – neste período foram investidos R$ 2 bilhões no órgão ?, do uso de inteligência policial nas investigações e de contratação de pessoal, entre outros fatores.

?Nossa idéia é que a Polícia Federal se torne assim, como eu disse no meu discurso de posse há quatro anos, um FBI brasileiro. Uma polícia de ponta, uma polícia que não tem medo de cortar na própria carne, uma polícia que se depurou e por isso teve esse grande êxito?, afirmou.

continua após a publicidade

O ministro voltou a destacar que a independência é uma característica da atuação da PF. ?A Polícia Federal não persegue não protege, não é do governo, não é contra a oposição. A Polícia Federal é um órgão da República, é um órgão do Estado, da Nação?.

De acordo com o ministro, outro avanço que permite o combate mais eficaz e ágil à criminalidade foi a reforma do Judiciário, após 12 anos de tramitação no Congresso Nacional, que dentre os pontos fundamentais deu autonomia às Defensorias Públicas nos estados e criou os Conselhos Nacional de Justiça (CNJ) e Nacional do Ministério Público (CNMP).

continua após a publicidade

No programa, produzido pela Secretaria de Imprensa e Porta-Voz da Presidência da República, Bastos também defendeu a aprovação de mudanças infraconstitucionais para acelerar os processos judiciais. Segundo ele, em 2004 o governo federal enviou 26 projetos relativos a processos civil, penal e trabalhista. Desses, oito foram aprovados e os demais devem ser votados no ano que vem, segundo expectativa do ministro.