Rio – O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, disse hoje (5) que as negociações com o governo boliviano sobre o aumento do gás natural importado pela Petrobras continuarão sendo conduzidas pela estatal brasileira com base em "critérios técnicos".

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"Foram criados grupos técnicos envolvendo as estatais de petróleo do Brasil e da Bolívia e as discussões em torno do aumento pretendido pelos bolivianos está se dando normalmente. Elas estão sendo conduzidas pela Petrobras e deverão continuar sendo".

Questionado sobre a possibilidade de o assunto ter sido discutido ontem (4) entre os presidentes do Brasil e da Bolívia, durante o encontro que formalizou a entrada da Venezuela no Mercosul, Rondeau garantiu que a Petrobras é a responsável pelas negociações.

"Não tenho conhecimento de que o assunto tenha sido discutido, mas eles podem ter conversado sobre isso" disse. "As negociações estão bem encaminhadas e não vejo razão para acreditar na necessidade de uma interferência política na questão. Não tenho como negar que toda decisão é técnica mas também tem o seu viés político. Não tenho como dizer que não seja", ponderou.

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Na última quinta-feira (29), a Petrobras definiu, em La Paz (capital da Bolívia), um cronograma de negociações para julho sobre a revisão da cláusula de preços do contrato de compra e venda do gás boliviano. A estimativa é que a questão deve estar concluída em 45 dias, prazo previsto em contrato.

Em nota divulgada pela Petrobras na ocasião, a empresa considera que os aumentos de preços que estão ocorrendo regularmente na forma prevista no contrato são suficientes para garantir o equilíbrio econômico-financeiro da operação.

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A próxima reunião entre as empresas está marcada para a semana de 10 a 14 de julho, em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia.